quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A amada


São tuas minhas alegrias e tristezas
Tu, que ilumina minhas noites escuras e frias
E é a tua lembrança que me guia nos dias
São tuas minhas verdades e mentiras
Escolhe a que melhor lhe servir e viva para sempre em minha vida
Enxuga-me as lágrimas, escuta meus gritos
Ria meu riso e nunca se vá
Porque meu amor, minha dor, é teu.
Dor, essa minha, que sempre me doe.
Que não esquece que não se vai
As paixões que não senti
Os estigmas que me abrem o peito
As marcas que querem voltar
Os poemas que escrevi
Minhas lágrimas, amargas, cansadas.
Meu jovem sonho nas noites minhas são mais teus
Estás longe e brilha forte
É minha luz, minha alegria.
O sentimento é ilimitado
Assim como a alma não tem limites
E para teu amante, melhor que amar infinitamente é amor o infinito.
E tu és infinita
És pura em toda a sua volúpia
Quero os dias para te ver, linda, ardente
Porque teu olhar queima-me as entranhas
Marca a minha carne, sempre fiel aos teus olhos
Donos do meu amor
Do meu amor mais sublime
O melhor de todos os amores
Que nunca me deixa só
Porque mesmo sem ver-te
Sei que nunca me deixas só
Sou tua, minha alma, meus desejos, meus dias
Sou tua, infinitamente tua
Minha amante fria e pálida
Minha lua.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Para ti... da sua laranjeira





Na madrugada sem rostos
Onde todos são outros
E as verdades são inventadas
Tropeças talvez na única alma que não as possui
A única que não tem pressa em encontra-las

E como as coisas simples que não são explicadas
Surge esse querer que não teme e não descansa
E como em frente a anjos com espadas afiadas
Consegue enxergar o amor e a dor naquela face marcada

Sente-se agora um fino grão pelo vento levado
E chega nalgum lugar onde parece não haver mais nada
Nada além de tristes sombras das marcas passadas
E um mar revolto e profundo de doídas lágrimas

Agora, movida agora por um não sei quê que a inquieta
Não consegue ver barreiras que não possam ser derribadas
E sente que naquele momento, nem mundo, nem no ermo espaço
 Não haveria outro lugar para se esta perdida
E por aquela ferida alma, encontrada.