segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Fingido sentir o que de vera sente


De repente existia um motivo, uma razão e uma espera
E não mais que de repente havia só sombras pelo o que nunca seria
Foram só aranhões... o pior da urgência é quando ela não é acalmada, é  simplesmente ignorada e o fato é que mais uma vez foram só aranhões...
Cair... ouvi uma vez o seguinte pedido " me conte"
E o que fazer quando na noite escura e densa não há nada para ouvir?
A espera... um dia, dois, uma semana... uma palavra e tudo se desfaz... e nada parece ter sentido
Mas o quê teria sentido? Só foram arranhões...
Odeio quem odeia as urgencias e pessoas urgentes, porque só entende a falta quem a acorda e dorme com ela todos os dias.
E então? o que fazer quando se espera e ao invés do encontro há aceno breve sem viés?
Por onde meu corpo andava quando a minha mente estava longe?
Quando da superficialidade do momento, ao fechar os olhos não via nada senão aquela imagem distante com sorriso e olhos tristes, sempre duvidando.
Como não se rasgar o corpo, para mostrar o que de pior se tem para receber ao menos o adeus...
Porque no final, foram aranhões...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Eternidade num galope

Não, a eternidade não me basta
Pra banhar-me no raso açude
E gritar às cabras na porteira
O pé de seriguela da minha infância
O gosto azedo, tão doce do passado
chega-me as lembranças em pequenos relances de memória
A meninada correndo na grande casa antiga
envelhecida pelo vento seco de julho e o sereno da noite fria
Minha bisavó, de teus olhos azuis caem as lágrimas que invadem teu pasto rachado e faz o feijão brotar
Meu bisavó, teu suor mata a sede do gado e aquieta a criação que te acompanha
Meu "padim" , minha madrinha... tão sangue do meu sangue
Na serenidade de suas vozes acalma-se o peito da lida insana
Não esqueço o sol e luar do sertão
Os pedidos a cada estrela do céu límpido
A virtude do meu chão
Quero sentir cada palmo dessa terra, que amo desde os tempos de criança
E os dias não me cansarão do seu  amanhecer , do juazeiro solitário , do cavalo arredio
Te ver em cada canto, meu pai, meu mestre, sonhando com o pé de jucá lá longe, no quintal da velha casa esquecida.
E no entardecer escutar o aboiar do vaqueiro juntando as reses no curral
Todo o tempo é pouco para apear meu cavalo e sair galopando nesse chão
Rosto vermelho do sol, a poeira no caminho entre a densa caatinga e lotes vazios
Ao meu lado ainda o sinto, na corrida cadenciada dos nossos dias
Como no amanhã ainda se sentiria o seu afago
Nessa lugar de grandes ruas, movimento e poucas palavras
Não há um só dia que não deseje voltar para aqueles nossos dias
Fecho os olhos e por uma momento somos novamente um só
Voando baixo a galope no caminho para a eternidade!

(((Para meu mestre, meu amigo, meu pai... que saudade doída de nossos dias..)))

domingo, 18 de setembro de 2011

Encontrei este texto no blog 2Neurônios


Encontrei este texto no blog 2Neurônios

Aquele verso do Walt Whitman, lido há tanto tempo, veio assim de repente. “Seja você quem for, agora, segurando a minha mão, sem uma coisa há de ser tudo inútil_ é um leal aviso que lhe dou, antes que continue a me tentar_ não sou aquele que você imagina, mas muito diferente. “ Coisa mais linda. Os olhos se enchem de lágrimas. Eta verso que serve para tudo e para todos. Sim, somos muito diferentes daquilo que imaginam. Isso vale para leitores, novos amigos, ficantes ou qualquer um que passe, assim, como quem não quer nada, em um segundo da nossa vida. Polaróide que podemos perder, rasgar ou esquecer que existe. E elas sempre perdem a cor. Mas agora é tudo foto digital! E a gente deixa ali dentro da câmera e até esquece de passar para o computador. Um dia, quando o arquivo está cheio, apagamos a foto. Simples assim. Mas o Walt continua a falar. “Quem é que gostaria de lançar sua candidatura ao meu afeto? O caminho é suspeito, o resultado é incerto, destrutivo talvez.” É isso, eu nunca disse que era fácil. Aqui é festa, amor. Mas aqui não é feira da uva, não. E como o velho Walt termina o poema? “Deixe-me agora, antes de perturbar-se ainda mais, deixe cair sua mão do meu ombro,coloque-me de lado e siga seu caminho.” COISA MAIS LINDA! Aqui é vida real. E não existe encontro sem perturbação. Aqui tem festa mas tem vida, e tem dor. Até os versos do Walt nos perturbam. E perturbaram tanto o Fernando Pessoa que ele foi lá e escreveu Saudação a Walt Whitman. Onde grita. “Abram-me todas as portas, por força que hei de passar. Minha senha? Walt Whitman.” A minha senha é a mesma. Walt Whitman. 

(Nina Lemos)

http://02neuronio.zip.net/arch2010-02-14_2010-02-20.htm

sábado, 17 de setembro de 2011

Ad infinitum

Teu poema deve ter a obsessão do teu amor mais simples
Deve guardar o respeito do teu medo mais profundo
Dever ter a dor mais insuportável de tua alma
Deve ser exacerbado o sentimento,
Exagerado, demasiado
Feito de vida ou de morte
Ter seus versos levados ao extremo
Ao ápice da tua loucura e pensamento
Porque mesmo que não signifique tanto para ti após aquele momento
Ele estará lá!
O sentimento vivido, fingido, desejado
Ele estará lá, para o infinito!

13/10/2004

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O amor é paciente...



"O amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
Carta de S. Paulo aos Coríntios

Então eu tinha duas escolhas... continuar morta ou renascer 
Decidi renascer.
Mas que coisa doida esse negócio de amar, não escolhe-se quem ama, não se pode dizer "olha, eu tenho uma amor aqui, você quer?" ou responder as súplicas do outro " Você tem esse amor sobrando, porque não me dá??".
Ama-se, quem se ama. Pronto. 
Ele chega sem vê nem pra quê, e assim, de repente como chega, traz a necessidade urgente de amar...
Ele não vê a distancia, não vê diferença de idade, não vê as complicações da vida.
Só vê o que ele quer vê, o ser amado como a alegria que vem na promessa de amanhã...
Não entende a indiferença, não entende a ausência, mas aceita... É porque aceita??
Aceita, não por se colocar na pele do outro ou entender o que se passa em sua mente , em seu coração...
Aceita simplesmente pelo complicado fato de amar.
Não se ganha muita coisa em amar assim... mas quem disse que se deve ganhar sempre?
Mais estranho ainda do que o próprio amor é o ser amado:

"faço o que bem quero sem dar atenção pra regras.... mas minha intenção é boa"
"na verdade se eu fosse mesmo um cara legal largava vc hj mesmo e nunca mas aparecia"

Ele sabe que não é uma escolha amar,  mas quer que você escolha!
Ele sabe que não é uma opção deixar de amar, mas quer que você deixe!
Porque ??? Ninguém... nem ele sabe...
Nem quem ama sabe porque apesar das razões (razão sempre amiga, esquecida quando se ama)
Nem se cogita não amar...
Então, diante, não da falta de amar, mas do compartilhar esse amor, de demonstra-lo todos os dias, de vê-lo, de ouvi-lo, restam duas escolhas: continuar morta ou renascer.
Renasço, então... 
Afinal, esquece-se muitas coisas... mas não se esquece de quem verdadeiramente se ama e nem das promessas que o amor faz, porque não foram circunstâncias torpes que o fizeram amar,  não foram promessas vãs. 
O amor, o verdadeiro amor é algo divino. E não importa com qual força tente escapar... fugir... será como Daniel e a baleia.

"Quando você voltar
 Quando você sarar, porque sei que vai sarar 
A distância ainda será a mesma
a diferença de idade ainda será a mesma
Sempre existirão as complicações da vida
Mas eu ainda vou está aqui
Ainda vou estar lhe esperando
A depressão não lhe pertence, 
O meu amor, sim, esse é seu, Ad Aeternum"

O verdadeiro amor é algo divino, e o tempo sempre foi de Deus... renasço por Ele ainda com esse amor.

 Saudades de quem te ama...
Sua mulher, pra sempre sua.

Ao meu infinito amor...


"O amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, não é arrogante, não se ensoberbece, não é ambicioso, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
Carta de S. Paulo aos Coríntios

Então eu tinha duas escolhas... continuar morta ou renascer 
Decidi renascer.
Mas que coisa doida esse negócio de amar, não escolhe-se quem ama, não se pode dizer "olha, eu tenho uma amor aqui, você quer?" ou responder as súplicas do outro " Você tem esse amor sobrando, porque não me dá??".
Ama-se, quem se ama. Pronto. 
Ele chega sem vê nem pra quê, e assim, de repente como chega, traz a necessidade urgente de amar...
Ele não vê a distancia, não vê diferença de idade, não vê as complicações da vida.
Só vê o que ele quer vê, o ser amado como a alegria que vem na promessa de amanhã...
Não entende a indiferença, não entende a ausência, mas aceita... É porque aceita??
Aceita, não por se colocar na pele do outro ou entender o que se passa em sua mente , em seu coração...
Aceita simplesmente pelo complicado fato de amar.
Não se ganha muita coisa em amar assim... mas quem disse que se deve ganhar sempre?
Mais estranho ainda do que o próprio amor é o ser amado:

"faço o que bem quero sem dar atenção pra regras.... mas minha intenção é boa"
"na verdade se eu fosse mesmo um cara legal largava vc hj mesmo e nunca mas aparecia"

Ele sabe que não é uma escolha amar,  mas quer que você escolha!
Ele sabe que não é uma opção deixar de amar, mas quer que você deixe!
Porque ??? Ninguém... nem ele sabe...
Nem quem ama sabe porque apesar das razões (razão sempre amiga, esquecida quando se ama)
Nem se cogita não amar...
Então, diante, não da falta de amar, mas do compartilhar esse amor, de demonstra-lo todos os dias, de vê-lo, de ouvi-lo, restam duas escolhas: continuar morta ou renascer.
Renasço, então... 
Afinal, esquece-se muitas coisas... mas não se esquece de quem verdadeiramente se ama e nem das promessas que o amor faz, porque não foram circunstâncias torpes que o fizeram amar,  não foram promessas vãs. 
O amor, o verdadeiro amor é algo divino. E não importa com qual força tente escapar... fugir... será como Jonas e a baleia.

"Quando você voltar
 Quando você sarar, porque sei que vai sarar 
A distância ainda será a mesma
a diferença de idade ainda será a mesma
Sempre existirão as complicações da vida
Mas eu ainda vou está aqui
Ainda vou estar lhe esperando
A depressão não lhe pertence, 
O meu amor, sim, esse é seu, Ad Aeternum"

O verdadeiro amor é algo divino, e o tempo sempre foi de Deus... renasço por Ele ainda com esse amor.

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

coração, por que tremes?

Esse meu coração que não se aquieta... " coração, por que tremes??"


Mergulho no limbo da tua ausência
O medo de te perder já não se esconde nas minhas verdades
Esse medo me faz chegar ao âmago do querer e da vontade de possuir-te cada vez mais,
Consumir-te toda a essência para suprir a ausência dos dias que chegam e vão sem a tua busca infinita pelo calor
Amado meu, infinitamente amado, tenho mais receio não da dor de perder (que será terrível, quase insuortável)
Mas sim, de saturar-te em minha urgência
Nesse desespero vão e tolo de minha alma inquieta
Por que a calma está em mim como a alegria em meu olhar - Não existe!
Penetraste em mim como um espirito que retorna ao corpo cansado e só
E quando a tua ausência ecoa na madrugada
O coração inquieta, o corpo não descansa
O sono não vem, e não vem a música e o tempo passa lentamente
Sem piedade da dor que essas horas de falta me faz
A relatividade é uma desgraça (já disse isso)
Um dia com as tuas palavras é como um minuto na eternidade
Um dia sem elas é como toda a eternidade ( que falta me faz!!!
Esse anseio de vivê-lo em toda plenitude, alem dos limites da distância que nos condena
Ah, esse meus desejos ( quem me dera não desejar tanto! 
Saio desse labirinto para as demais coisas da vida
Mas meu peito ainda inquieta, delira insano
Procura no mundo a tua alma, vai direto a ela
E nessa distância, nessa saudade sufocante beija-te como a brisa no rosto
E te implora, volta!

13/09/2011, 12h19min

domingo, 11 de setembro de 2011

A deturpação desse mundo que se justifica apenas por te amar...

EXTACY!

Gritam as almas que vagam pelas noites de inverno sem luar
Almas de corpos cansados, desmaiados no leito
Corpos que não sonham
Corpos como o meu
No silêncio, ouço murmurios, alguém canta uma canção serena...serenissima
Está escuro, abro os olhos, a voz se cala
Procuro as estrelas que guiam o caminho de quem me procura
Estranho recordar...niguém vem até mim
Ningué olha para o céu, não encontram as estrelas
Esquecem de voltar
As portas estão abertas. Não quis tranca-las

SAUDADES / OS DIAS

Eita coração, porque grita?
Não se aquieta nessa batida
Que essa vida meio louca
Não te deixa descansar
Ai, que saudade tão doída
Só me lembra a despedida
Dessas horas desencontradas
Em que não estais e mesmo assim não se vai...
....

OS DIAS

Eles virão com uma força imensa
Derrubarão todos os muros que faltam
Farão do mundo um campo de batalhas
E ficarão apenas pétalas de rosas

As ilusões serão todas perdidas
Nossas mentiras são levadas pelo vento
Serão escravas dessa antiga lembrança
E ficarão apenas pétalas de rosas

Quando a noite chegar
E o frio castigar o tempo
Você ~e vai ver que o seu olhar escureceu
Não há mais campos, nem jardins imensos
Só ha saudades
E pétalas cor de sangue no chão

Segurei a pureza em minhas mãos e o que restou da esperança
E vi você chorando no chão segundo uma flor
Era a flor do nosso amor...

sábado, 10 de setembro de 2011

Eu...


Da tua Anis...

Meus versos são velhos
Vêm de uma passado que não vivi
Tem a sangue dos meus poetas
Tem a melancolia e a languidez de seus rostos
Meus versos são mais teus
Cada letra, cada lágrimas... e já não são elas tão amargas
Busco-te em minha alma
Tu, que fizeste renascer em mim a alegria em teus olhos tristonhos, sempre duvidando
Tu, a quem procuro das madrugadas de insânia
Busco-te em minhas orações
Vejo em meus dias vindos... em dias e noites menos turvas
Teu nome chega-me cheio de anunciação
De dias menos tristes
Dias onde no mundo só existirá nosso espírito
Dias com fé.
Dias com o teu calor.

O que há em mim...




Como girassóis, volto-me ao sol para esquecer da escuridão que trazes em tuas palavras...

" O coração é um oceano que o bafejar de um louco pode turvar, mas a quem só o hálito de Deus aplaca as tormentas"
(Macário) ÁLVARES DE aZEVEDO

- - - - -

(...)
" Porque sua vida está presa a minha e é preciso que eu me liberte
Porque ele é o desespero vão que mata a serenidade que quer brotar em mim
Porque suas úlceras doem numa carne que não é a dele
Mas algum dia quando ele estiver dormindo eu esquecerei tudo e afrontarei o pântano.
Mesmo que pereça eu o esmagarei como uma víbora e o afogarei na lama podre
E se eu voltar eu sei que as visões passadas não mais povoarão os meus olhos distantes (...)"
VINICIUS DE MORAES

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" Estou cansado de vencer o mundo
Quero vencer  o inferno"
 JUNQUEIRA FREIRE

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Meus versos são mais antigos do que minha própria vida
São mais quentes que meu corpo 
E sofrem menos do que a minha alma...
Mas hoje minha alma está tão quieta
Meu amor, distante, mas sem dor, me faz sorrir.
Meus versos são mais teus, minha mãe!
E já não derramo tantas lágrimas, meu pai.
Mas passo a noite num inquietamento que rouba-me o folego e perturba minha insônia
Meu peito bate descoordenado e com a tua voz a dor toca-me mais uma vez.
Depois disso, volto a quem decidi ser
Que das venturas dessa vida nunca sou farto
E diante das desventuras que amargam-me o coração, meu espírito é bravo
Perde, ganha
Mas luta e não desiste jamais.

Hoje

" É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indivisível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas mais simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que sou triste..."  VINICIUS DE MORAES

O pensamento descansa no alto das dunas que o vento leva ao amanhecer
...que saudades do mar dos meus antigos dias (só do mar)
Os votos que nunca chegaram...
A frase que teima em não vir...
Que notas santas, acalenta-te, acalma, meu poeta da noite na embriaguez da vida?
São lágrimas ou sangue que molham tuas páginas jogadas no chão?
É dor ou alegria o sentimento que te invade o peito 
Rouba-te o sono e te faz morrer tantas vezes na madrugada?
Morremos a cada verso
Para renascermos todos os dias
Será que ressuscitaremos por toda a etermidade?  

Choras por tão pouco!
Choras por poucos
Cada soluço teu desse-me a garganta como um gole quente de rum
Faz estragos dentro de mim
Abre novas feridas em campos cicatrizados
Traz-em de volta as velhas stigmas
Não tomarei novamente o gole dessa taça impura
Não me entregarei aos braços do desengano
Essa dor não me pertence
Não a quero em mim
Quebra meus pactos
Desacredita a minha esperança
Mas não me fará desejar o fim
...Nunca mais
Ofende meus ideais
Renega meus sentimentos
Excreta minha alma
Mas não me fará voltar
Choras por tão pouco
O teu falso moralismo me enoja mais uma vez
Choras por poucos
Mas não chores por mim!
Aparte esse momento não derramarei uma só lágrima por ti.

Ela


Será pra sempre essa fuga do momento?
Esse engasgo, essa vontade de chorar?
Escutar tuas palavras que não me dizem nada
Mas que apesar de não fazerem sentido algum me ferem como se fossem gotas de ácido
Quero um tempo longe desse momento 
Quero um tempo em que tua voz me chegasse com a doçura que deveria ter.
Não!
Não vou deixar que isso tire o lume dos meus olhos por  além desse instante
Não vou beber novamente dessa taça impura que insistes em colocar sobre a minha mesa.
Será algum dia poderá haver vida nas tuas palavras?
O elas viram para roubar e ferir?
Almejo o dia em que elas não me machucaram mais...