A eNtRopIA das coisas ;)

domingo, 11 de setembro de 2011

A deturpação desse mundo que se justifica apenas por te amar...

TERNURA

"Eu te peço perdão por te amar de repente

Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos...

Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.

E posso te dizer que o grande afeto que te deixo

Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas"

VINICIUS DE MORAES

Não entregarei à lua meu amor quase morto

Nem às estrelas meu último choro

E nem ao mar as notas tristes da canção

Não deixarei suas cinzas lançadas as vento

Nessa brisa fria de primavera

Onde tantas coisas param e poucas começam

E ambas resistem a mais uma estação

Primavera minha e de tantos outros

Não há dor

Solidão, talvez...

Sabes bem quem és...

Vem, vem logo! Me faça esquecer a deturbação desse mundo que se justifica só por te amar...

Todas as notas já foram tocadas
As músicas se tornaram antigas
e nossos dias distantes ainda demoram a passar
No frio aqueça meu corpo
No calor, enxugue meu rosto
Na solidão, leva-me a ti
Porque minha paixão é o teu desejo mais forte
E meu amor é toda quentura de um beijo teu!

" Quando falo contigo, no meu peito

Esquece-me esta dor que me consome:

Talvez corre o prazer nas fibras d'alma

E eu ouso ainda murmurar teu nome!"

ÁLVARES DE AZEVEDO

QUÍMICA

E um dia você entrou em minha vida... chegou colorida e descalça, vinha mal falada de tantos e tanto quanto tempo. Intimidastes a primeira vista e eu, criança boba cheia de medos, receosa de não entende-la, tratei de esconde-la dos meus olhos, da minha cabeça, da minha imaginação. E um dia, confesso - a odiei com toda intensidade que a rubra cor na folha colegial me trazia. Depois, ao sentir o frio da ignorância e a vergonha por não acolhe-la antes, te procurei... Ainda eras colorida, descalça e mal falada, mas aos poucos foi me mostrando a face mágica...a estranha Entropia das coisas... Colorida, descalça e mal falada, por tantos não amada, mas hoje, não mais por mim.

A eNtRopIA das coisas ;)

domingo, 11 de setembro de 2011

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