sexta-feira, 22 de julho de 2011


Mulher,
Em teu nome o veneno e a quentura do último suspiro de dor
Em teu olhar, as falsa verdades que atam-te a mão
Em teu seio, o amor e a descrença de teus dias hereges
Virgem da primavera
Que as folhas permaneçam nos galhos e que o sol da próxima estação não tire o lume de tuas flores.
Banhe-se de luar nas noites frias de solidão
Mulher,
Que aprisiona tantas almas em teu espirito libertino
Que não salva sequer uma vida, rege apenas a sua, faminta
Em teus lábios a doçura da tristeza e tua voz amargurando a canção de amor.
Tu, anjo e demônio da vida
Reles sérvio do prazer
Escrava das noites, dos dias
Sonha as vidas roubadas, as almas perdidas
Em teus olhos o calor da tarde se desfaz em gotas de chuva
Em tua pele evaporam-se o pudor de teu seio nu
Em tua boca os desejos a utopia do amor.

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